O movimento dos compradores desde o início do mês de janeiro tem sido constante. Em nenhum momento houve uma corrida mais desenfreada. Como na ponta do varejo sempre foi e sempre será difícil repasse de novos preços, o fato de serem indiscutíveis as perdas na produção de Feijões é tarefa difícil, mas não impossível. “Chega um momento que o varejista não tem para onde correr e os preços vão sendo reajustados”, comentava ontem um vendedor com mais de 20 anos de atuação como representante comercial. Polos de produção que carregam algum estoque em que os produtores preferiram esperar começam a ser vendidos.
Com origem no continente africano, o feijão-caupi é cultivado no Brasil desde o Século XVI. Diferente dos demais feijões amplamente cultivados no país, o feijão-caupi não pertence à espécie Phaseolus vulgaris e sim à espécie Vigna unguiculata (L.).
No Brasil, dependendo da região, pode ser conhecido como feijão-de-corda, feijão-fradinho, feijão de praia, feijão miúdo e feijão macaçar. O feijão-caupi é o segundo feijão mais cultivado no país. Para a próxima safra, a Conab estima uma produção superior a 722 mil toneladas. Apesar de a produção ser expressiva em 17 Unidades da Federação, as regiões Norte e Nordeste são responsáveis por mais de 75% da produção nacional. A produção está muito alinhada ao hábito de consumo da população destas regiões.
Apesar da sua expressão regional, o bom desempenho dos cultivos tem atraído empresários de outras regiões do país, como é o caso do Mato Grosso, que na safra 2020/2021 já se configura como o segundo maior produtor nacional.
Além da boa aceitação no mercado interno, o feijão-caupi tem ganhado cada vez mais novos mercados. Em 2021, o Brasil exportou para 40 países da Europa, Ásia, África, América do Norte e Oriente Médio.
Fonte:
Ibrafe
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